SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS


SEQUÊNCIA DIDÁTICA: OS MÚSICOS DE BREMEM

Conto disponível em
 http://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/os_musicos_de_bremen Acesso em 10.05.2013.

COMO REALIZAR LEITURAS QUE DESPERTEM NOS ALUNOS O PRAZER PELAS HISTÓRIAS? SEGUE ESTA SUGESTÃO DE LEITURA ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE LEITURA ESTUDADAS PELA PROFª ISABEL SOLÉ (Livro: Estratégias de Leitura, Editora Artmed).

I) ANTES DA LEITURA

Capacidades de leitura a serem desenvolvidas:

- Ativação dos conhecimentos prévios
- Levantamento de hipóteses (aluno)
- Antecipação de informações (professor)

Livros: Contos de Grimm, Cia. das Letrinhas, PNLD 97/98.
Os músicos de Bremen, recontado por Ruth Rocha, PNLD 2001.

- Os irmãos Grimm: Jacob Ludwig Grimm (1785) e Wilhelm Grimm (1786) – nascidos na Alemanha, recolheram e recontaram histórias da tradição oral de seu povo.

- Bremen: cidade alemã, próxima a Hamburgo, considerada uma das mais belas cidades européias. Nela encontra-se um monumento de bronze, medindo dois metros de altura, com os quatro animais da história, em formato de pirâmide, seguindo esta ordem de baixo para cima: burro, cachorro, gato e galo.

- Gênero: considerado por alguns críticos conto de fadas, por possuir elemento mágico imaginário: bruxa, feiticeira, fantasma; enquanto que outros críticos a consideram fábula, por trazer como personagens animais que falam, representando vícios e virtudes humanas.

a) Contos de Grimm
- Capa: Conto “A luz azul”, pág. 82.
- Tradução: Heloísa Jahn
- Ilustração: Elzbieta Gaudasinska
- Gênero: conto de fadas ou fábula em prosa.

b) Os músicos de Bremen
- Original de Os irmãos Grimm, recontado por Ruth Rocha, apesar de não fazer referência aos mesmos.
- Ilustrações: Ellen Pestili
- Editora FTD
- Gênero: poesia narrativa (em prosa)

c) Contextualização

c.1 – Remota, distante, na Europa

- Feudalismo – século XVI
- Classes populares metaforizadas no conto: servo (burro), cavaleiro (cachorro), vilão (gato), artesão (galo).
- donos dos animais: senhores feudais.
- Bremen: cidade onde o regime feudal, por razões histórico-políticas, não imperava, assim, era possível viver sem amos.
- Neste regime, era dever do senhor feudal cuidar do servo, mesmo quanto este envelhecesse, porém isto nem sempre acontecia.

c.2 – Próxima, em nossos dias, em nosso país (Brasil)

- situação de pobreza em que vive a maior parte da população e os velhos e condições de trabalho: salários baixos, impostos altos, falta de privilégios, abandono na velhice.
- busca da liberdade.


II) DURANTE A LEITURA

Capacidades de leitura a serem desenvolvidas:

- Inferências locais e globais
- Ativação de conhecimento prévio
- Checagem das hipóteses

- Leitura integral do texto, pelo professor ou compartilhada.
- Pausas para destacar recursos expressivos da linguagem (figuras de linguagem, recursos sonoros, expressões, descrições) utilizados pelo autor.
- Pausas para resumos coletivos.

III) DEPOIS DA LEITURA

Capacidades de leitura a serem desenvolvidas:

- Checagem das hipóteses.
- Apreciação estética do texto (de qual versão mais gostaram, por quê?)
- Apreciação valorativa do texto (valores sociais e morais: desigualdade social, velhice e desejo de liberdade).
- Comparação de informações (semelhanças e diferenças).
- Intertextualidade:
Os Saltimbancos – música e teatro de Chico Buarque de Holanda – destaque para as músicas: História de uma gata e Cidade Ideal.
Filme: Os Irmãos Grimm.
Fotos: - Velho deitado no banco – V.C.L. – Keystone
- Mulher pensativa - Joanna Heseltine – Keystone
- Velho chupando sorvete – Salomon Cytrynowicz – Keystone
(Pranchas do Curso Básico de Redação – Hermínio Sargentim – IBEP)

- Interdisciplinaridade: Leitura e produção de textos, Hora da Leitura, Língua Portuguesa, História e Arte.

- Sugestão de atividade: Montagem de um quadro comparativo das versões


Sequência didática elaborada por Tamar N. Shumiski.




2 comentários:

  1. Ouvi esta história num disco (!) quando era criança. Não tenho certeza, afinal lá se vão umas quatro décadas, mas acho que o nome era "Os Saltimbancos". Lembro até de um pedaço, quando a narradora dizia que eram um tanto desafinados mas bastante originais.

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    1. E ela continua viva, não é João? Isto mostra a universalidade e atemporalidade dos clássicos. Bjs. Tamar.

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